Aproximadamente 70 alunos da Universidade Estadual de Londrina, UEL, em Londrina, a 380 km da capital paranaense, fizeram um manifesto na hora do almoço desta quarta-feira, para chamar a atenção dos outros alunos, professores e funcionários da universidade, para o conteúdo homofóbico de um jornal religioso distribuído dentro do campus. Em uma coluna do jornal “Boletim Universitáro”, número 7, que tem o aval da Diocese de Londrina mas é editado por um padre de outra paróquia, o texto afirma, entre outras, que a união gay é uma “anormalidade” e “uma doença”.
Casais héteros em sua grande maioria, aproximadamente 20, se beijaram no pátio da universidade em protesto, em frente ao Restaurante Universitário (RU). Outros chamavam a atenção dos transeuntes e pessoas na fila do almoço sobre o assunto da manifestação. Cartazes espalhados no local protestavam contra o discurso moralista e pregavam a liberdade sexual. Um deles dizia: “Tirem seus rosários de nossos ovários”.
O grupo pretende trazer o tema para debate na universidade. Um encontro para discutir o assunto já está marcado para a próxima quinta-feira , dia 6, às 19h30, na sala de eventos do Centro de Letras e Ciências Humanas (CCH). O encontro será aberto com a exibição de um documentário, o filme ainda não teria sido escolhido. No sábado, o DCE – Diretório Central dos Estudantes da UEL – se reúne para planejar outras ações de protesto e de combate a homofobia na cidade. Uma ação no Calçadão de Londrina é uma das propostas que serão votadas.
