Dois usuários do Facebook do Texas, nos EUA, reportaram na semana passada ao jornal Wall Street Journal que tiveram suas orientações sexuais expostas quando seus amigos e parentes foram notificados de que eles participavam do grupo “Queer Chorus” (Coral Bicha). A opção de privacidade do grupo, que estava em “público”, se impôs sobre as opções de privacidade dos usuários e acabou compartilhando a notícia de que eles aderiram ao grupo.
A lésbica Bobbi Duncan, 22, e o gay Taylor McCormick, 21, estudantes da Universidade do Texas foram adicionados por amigos ao grupo. “Eu senti como se tivessem me batido com um taco de basebol no estômago”, relatou Bobbi sobre a invasão de sua privacidade. Ela se assumiu para a melhor amiga no ano passado e não tinha planos de contar aos pais. “Eu pensava que estava segura”, lamentou. Já Taylor McCormick, estudante de farmácia, havia contado no ano passado para sua mãe, mas não queria que seu pai soubesse. A mãe ligou um dia e disse: “Seu pai já sabe, está por todo o Facebook”.
O ex presidente do coral, que criou a comunidade, lamentou o ocorrido e disse que se sente parcialmente culpado. Já o Facebook disse que precisa ensinar melhor os usuários a se atentarem às opções de privacidade e também lamentou o ocorrido. “Nossos corações estão com estes jovens indivíduos”, disse Andrew Noyes, porta voz da empresa. “A experiência infeliz deles nos lembra que precisamos continuar nosso trabalho de empoderamento e educação dos usuários sobre nosso robusto controles de privacidade”. Os usuários que foram tirados do armário reclamam que o site não pergunta se você quer aderir a um grupo, se adicionado por um amigo. Mesmo assim eles ainda fazem parte do “Queer Chorus”.
Ao saber que a filha era lésbica, o pai de Bobbi colocou em seu perfil no Facebook palavras homofóbicas e ameaçou cortar o pagamento das contas dela. Depois, o pai voltou atrás e se acertou com a filha.
