Aos 50 anos, Jodie Foster recebeu neste Domingo, durante a premiação do Globo de Ouro 2013, o prêmio Cecil B. de Mille, concedido anualmente pela Associação de Críticos Internacionais de Cinema pelo conjunto da obra de pessoas que se destacaram no meio cinematográfico. Jodie falou publicamente, pela primeira vez, sobre ser lésbica. Ela conseguiu ser discreta, divertida e até séria ao deixar claro o seu ponto de vista: não sente que precisa falar de sua vida pessoal.
Ao receber o prêmio ela discursou: “Tenho uma certa necessidade de dizer algo que nunca declarei em público, uma declaração sobre a qual estou um pouco nervosa, não tanto quanto a minha assessora. Mas vou falar, com orgulho, eu sou… solteira”. Após as risadas da platéia, ela afirmou: “Espero que vocês não fiquem desapontados por não haver um grande discurso de saída do armário hoje, pois já sai do armário há mil anos, na idade da pedra. Naquele tempo em que uma pequena menina frágil se abriu para amigos, família, colegas de trabalho e gradualmente para todos que a conheciam”, revelou a atriz que criticou ainda os artistas que expõem suas vidas e depois cobram privacidade.
A atriz agradeceu sua ex-companheira Cydney Bernard, com quem viveu por 14 anos, até 2008, e com quem teve dois filhos: Charlie, de 13 anos, e Kit, de 10. “Obrigada, Cyd, tenho muito orgulho da nossa família moderna, dos nossos filhos incríveis”, disse a atriz ao meio de diversos agradecimentos feitos.
“Se você foi um figura pública desde a infância, se teve de lutar por uma vida que parecesse real, honesta e contra todos, então talvez valorize a privacidade acima de tudo. Privacidade. Um dia as pessoas vão olhar para trás e lembrar que ela era bela”, filosofou a atriz que começou a carreira aos 3 anos de idade fazendo comerciais e que teve sua primeira indicação ao Oscar aos 13 anos por uma prostituta adolescente em “Taxi driver”, em 1976. A consagração veio no papel da agente do FBI Clarice Starling , de Silêncio dos Inocentes, de 1991, que lhe rendeu um Oscar.