No Rio de Janeiro, um casal de lésbicas expulso de um restaurante na Lapa ficou 4h para registrar um Boletim de Ocorrência na delegacia local. Elas precisaram acionar a coordenadoria LGBT da cidade depois que um delegado se negou a registrar a ocorrência e ainda afirmou que não daria em nada, que elas precisariam ter os dados do homem que as agrediu.
No Paraná, a situação não é diferente. Um delegado recentemente teria perguntado para uma vítima, em frente aos seus pais, se ele era o ativo ou o passivo da relação. Não é difícil encontrar casos em que delegados se rejeitaram a registrar ocorrências de homofobia, alegando que não há lei que respalde tal denúncia ou maltratam homossexuais nas delegacias. Infelizmente, o que aconteceu no Rio é uma realidade em quase todo o país: o despreparo policial para atender a comunidade LGBT. Sem falar nos homofóbicos infiltrados nas delegacias das policias civis, militares e ainda nas guardas municipais. Não à toa, apenas 1/4 dos crimes de homofobia são solucionados.
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