Os funcionários do restaurante a A Pamphylia, na Avenida do Batel, em Curitiba, passarão por uma reciclagem. O funcionário que no último domingo fez declarações preconceituosas contra um casal gay de clientes recebeu advertência segundo o proprietário do estabelecimento, Sr. João, que pediu desculpas em nota aos clientes.
A denúncia foi feito por um casal hétero que ouviu a conversa de dois garçons que afirmaram que deveria haver uma lei que proibisse gays de se beijarem em restaurantes. O gerente que estava presente na casa diz que o casal gay, duas moças, estava fazendo pegação no local. Segundo José Fernandes, as duas garotas que estavam no restaurante teriam se excedido, chegado uma até a colocar a mão dentro da blusa da parceira, mas ele concorda que o comportamento do garçom também não foi aceitável. Como as mulheres não vieram a publico se defender, fica então registrada a versão do restaurante. Fernandes citou ainda que um grupo de velhinhas teria se sentido incomodado com o comportamento das mulheres e pediu intervenção a ele, que nada fez. Segundo o funcionário, se fosse um casal hétero ele saberia reagir mas foi surpreso por ser um casal de mulheres.
Veja abaixo a nota oficial do “A Pamphylia” sobre o incidente:
“Eu, na qualidade de proprietário do Restaurante A Pamphylia, venho através deste meio declarar que este estabelecimento, que está há 34 anos no mercado, repudia qualquer forma de preconceito e discriminação, seja ela de ordem política, social, religiosa, sexual, tratando de forma respeitosa e igualitária todos os nossos clientes, não só pela relação de prestação de serviços, mas principalmente, por serem eles que fazem este restaurante primar pela qualidade, mantendo a tradição, e indo de encontro com a modernização social, razão pela qual, imediatamente, ao tomar conhecimento dos fatos, o funcionário, que de forma pessoal e infeliz se manifestou, já sofreu imediata repreensão e advertência nos moldes legais. Além disso, no dia de hoje, todos os funcionários desta empresa passarão por reciclagem, a fim de que nenhum ato desta natureza, nem qualquer atendimento ao público que possa ser julgado como preconceituoso, já que desprezível por si só, reincida neste ambiente. Por fim, qualquer transtorno, abalo pela conduta no mínimo vil por parte do nosso funcionário, gera neste momento nosso profundo sentimento e pedido de desculpas a quem diretamente estava envolvido e a todo o nosso público”.
