Com a decisão no último dia 14 do CNJ que determinou que todos os cartórios do país realizassem a união civil entre pessoas do mesmo sexo nasceu oficialmente um novo nicho do mercado: o casamento gay. Pois já há no mercado uma empresa especializada em cerimoniais entre pessoas do mesmo sexo. A “That’s Amore” surgiu no início do ano por partes de dois empreendedores empresários de Porto Alegre.
Em entrevista ao site “G1”, Rossano Gastaldo e Cristina Voguel, fundadores da empresa, contaram que viram no mercado a necessidade de atender este público específico tão carente deste tipo de serviço “Percebi isso e vi que não podemos deixar uma fatia tão importante da população sem um atendimento sofisticado”, conta Rossano que está prestes a inaugurar um escritório totalmente direcionado ao público LGBT.
Rossano que é produtor já realiza este trabalho com o público heterossexual há cerca de quatro anos, enquanto Cristina que é especializada em eventos, desde 2006 vem tornando a vida destes casais mais especial. Com a união dos dois o público LGBT já pode sonhar também. Inspirado no amor, Rossano conta que a ideia basicamente é esta e que “O nome foi inspirado em uma música, ‘That’s Amore’, cantada por Dean Martin. E o conceito é bem esse, disseminar o amor para todo mundo. Quero falar sobre o que une um casal e fazer isso” contou o empresário gaúcho ao site.
Rossano é formado em economia e estuda pós-graduação em marketing na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e foi a partir de uma de suas aulas que ele levantou dados específicos para o público LGBT. “Levantei dados e percebi que, por não existir uma estrutura familiar tradicional, sobra dinheiro para estas pessoas. E este dinheiro normalmente é investido em viagens e estudos, e pode ser usado para festas e comemorações também” comentou ele.
Segundo informações do site “G1”, uma pesquisa realizada por uma empresa holandesa revela que o público gay em sua maioria consome e tem uma renda per capta acima da média se comparada ao público heterossexual onde: 36% está na classe A, 47% na classe B, e que a comunidade gasta em média 30% a mais do que heterossexuais em bens de consumo.