Após a decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), na semana passada, de obrigar que todos os cartórios do Brasil realizem a união civil entre pessoas do mesmo sexo, a bancada evangélica continua polvorosa. Muitos políticos conservadores não aceitaram a decisão. O senador Magno Malta (PR-ES) é um desses e está muito incomodado com a deliberação do CNJ, tanto que irá entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade para que o Supremo Tribuna Federal responda pelo CNJ. Para Malta, a decisão do CNJ desrespeitou completamente o poder Legislativo, pois ainda não foi aprovado o casamento gay no país e, segundo ele, o assunto ainda nem foi colocado em discussão.
Malta participou do seminário “Os Desafios da Sociedade Pós-Moderna Pela Valorização da Vida e Fortalecimento da Família”, onde declarou :”Tive uma informação privilegiada de lá de dentro, que esse assunto não foi discutido, que não estava em pauta e que entrou no afogadilho no final de uma reunião. Olha onde chegamos. Eu quero alertar o Brasil que o CNJ não é o Parlamento. Se o Supremo não pode fazer lei, imagine o CNJ. Quando o CNJ toma essa posição que não lhe é devida, ele não tem direito e nem autoridade, ele cuspe, pisa e rasga o código civil brasileiro”. Magno Malta ainda é presidente da “Frente Parlamentar em Defesa da Vida e da Família”. O senador prometeu seguir em frente com seu propósito de anular a decisão do CNJ.
SOBRE O AUTOR
Redação Lado A
A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa