Redação Lado A | 05 de Agosto, 2013 | 13h49m |
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Toni Reis*
Seu pai, Cezar, representa muito bem o papel do machista homofóbico tradicional, espelhando também os religiosos fundamentalistas, que fala de boca cheia que não tem preconceito, mas contratou uma garota de programa para “curar” seu filho. Culpa a mãe pela educação. Ameaça deserdar, ridiculariza e tudo mais. Infelizmente isto acontece muito na realidade Brasileira.
Este é apenas um caso dos mais de 9.982 violações que a Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da Presidência da República divulgou, no mês passado, o Relatório Sobre Violência Homofóbica 2012, elaborado a partir de registros do Disque 100, da própria SDH, do Ligue 180, da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), e da Ouvidoria do Sistema Único de Saúde (SUS), do Ministério da Saúde.
O documento aponta um crescimento de 166,9% no total de denúncias sobre violência homofóbica em relação a 2011 – o número de casos denunciados saltou de 1.159 para 3.084. Já o número de violações – cada denúncia pode contar mais de uma violação – subiu de 6.809 para 9.982, o que indica um aumento de 46,6% em relação ao ano anterior.
Também nesta última semana o papa Francisco falou de forma enfática “Se uma pessoa é gay, procura Deus e tem boa vontade, quem sou eu, por caridade, para julgá-la? O catecismo da Igreja Católica explica isso muito bem. Diz que eles não devem ser discriminados, mas integrados à sociedade. O problema não é ter essa tendência. Não! Devemos ser como irmãos”. Esta linha de pensamento do papa, bem como a discussão da novela, uma das mais assistidas do Brasil, traz a discussão para os lares brasileiros.
Esta realidade tem que ser amenizada, ou melhor, acabar. Para isto precisamos que a criminalização da homofobia no Brasil seja aprovada – PLC 122 – e que os gestores da Educação tenham e efetivem o compromisso de planos e ações para respeito à diversidade do ser humano, inclusive o respeito à diversidade sexual.
SOBRE O AUTORRedação Lado AA Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa |
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