O lado bom do fracasso

Durante a nossa carreira profissional, em diversos momentos nos deparamos com esse abismo chamado Fracasso. Às vezes, ele ocorre involuntariamente com uma demissão imprevista, às vezes em uma meta não alcançada, ou mesmo em algum sonho que por uma razão ou outra não tenha sido realizado.

Acontece que o ato Fracassar é algo não só corriqueiro na vida de qualquer pessoa como é até necessário, afinal, aquele gosto amargo no fundo da boca nada mais é do que um impulso a mais para seguir em frente e não existe nada mais motivacional do que a vontade de mostrar que se pode dar a volta por cima para todos aqueles que duvidam de nós. Não se tem nada a perder quando já se perdeu tudo.

A ideia é aprender com o fracasso: saber as causas é o primeiro passo, e depois buscar de vários ângulos entender o que deu errado para que não aconteça de novo. Ficar se lamentando nunca adiantou muita coisa a não ser demonstrar o despreparo e a imaturidade para quem observa de fora, por tanto, seja qual for o fracasso atingido, o ideal é erguer a cabeça e seguir em frente, correr atrás, ou reerguer aquilo perdido, ou então atrás de um outro desafio.

Existe até algo mágico quando o assunto é fracasso, pois ele é uma alavanca para novas ideias: É sabido que somos mais criativos quando a necessidade aperta, logo, podemos aproveitar a derrota para galgar não só outros objetivos, como também ajustar aqueles incômodos em nós mesmos. Mudando aquilo que nos incomoda, estamos abrindo espaço para novas conquistas e novas oportunidades, e nesta reciclagem de valores quem sempre sai ganhando é o motivacional e o bem estar de se sentir completamente novo.

Desta maneira, a derrota acaba sendo apenas uma vírgula em um livro repleto de realizações, pois como já diz um antigo ditado espanhol “O fracasso inevitavelmente, vez por outra, vai lhe fazer uma visita. Mas não há necessidade de oferecer-lhe uma cadeira para se acomodar”.

Alex Spake é contador e consultor financeiro.