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Campanha de Carnaval do Ministério da Saúde é discreta e cool. Será suficiente?

Redação Lado A 26 de Fevereiro, 2014 15h33m

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Os gays irão se identificar com a campanha “Se tem festa, festaço ou festinha, tem que ter camisinha” contra a Aids do Ministério da Saúde para o Carnaval deste ano. Apesar de não ser voltada em nenhuma de suas peças com exclusividade à comunidade gay jovem, principal foco de aumento da epidemia, a campanha inteligentemente trabalha alguns conceitos novos como “alternativo” e “diferente”, mostra imagem de parada gay, e os personagens, masculinos, não são heterossexuais ou homossexuais explicitamente. A campanha é sagaz em driblar o conservadorismo que todos os anos abre crítica ao enfoque gay (necessário) das campanhas do departamento de Aids, mas será que ela vai ser eficaz o suficiente contra a epidemia?

Em uma das peças, Juca, um rapaz de perfil “moderno e non sense” usa roupas diferentes mas não se importa, pois sempre leva camisinha. Na outra, um playboy magia fala dos tipos de festa e lança o mote da campanha “Se tem festa, festaço ou festinha, não importa, tem que ter camisinha”. O recado é: faça o que quiser mas use camisinha e faça o teste. Sem famosos ou marchinhas, este ano a campanha está sim diferente. A campanha é bem urbana, foca no jovem, mas fala pouco de sexo e infecção. 

A campanha deste ano irá distribuir 104 milhões de preservativos na primeira remessa. A medida tem como objetivo estimular o uso da camisinha durante as principais festas realizadas no país. A campanha de prevenção às doenças sexualmente transmissíveis (DST) e Aids do carnaval deste ano será estendida a todos os grandes eventos e festas populares, como São João e a Copa do Mundo. Com o slogan “Se tem festa, festaço ou festinha, tem que ter camisinha”, a mobilização pretende alertar para a prevenção nos momentos de divertimento. A campanha, que é dirigida à população em geral – na faixa etária de 15 a 49 anos – foi apresentada nesta terça-feira, dia 25, pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro, em Brasília.

“Estamos reforçando a ideia de que a prevenção deve ser feita durante todo o ano, e não apenas no carnaval. Além disso, reafirmamos a necessidade de trabalhar com todos os grupos da sociedade, independente de faixa etária ou gênero, ou seja, o alvo é população brasileira sexualmente ativa”, afirmou o ministro. Rio de Janeiro, Salvador, Recife e Olinda receberão ações diretas do Ministério com a distribuição de folhetos, acompanhados de porta-camisinhas, bandanas, camisetas e preservativos. Em 2013, durante todo o ano, o Ministério da Saúde distribuiu 610 milhões de preservativos para todo o país.

A epidemia de aids no Brasil está estabilizada, com taxa de detecção em torno de 20 casos de aids a cada 100 mil habitantes, o que representa cerca de 39 mil casos novos da doença ao ano. Estimativas indicam que, atualmente, cerca de 718 mil pessoas vivam com HIV, sendo que 150 mil desconhecem sua situação. O não conhecimento da sorologia é hoje um dos desafios a serem enfrentados no combate à doença no país. Atualmente, estão em tratamento com medicamentos antirretrovirais, ofertados pelo SUS, cerca de 340 mil pessoas.

Confira as peças da campanha:


 

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A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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