Violência SP: Gays são agredidos no Parque Ibirapuera por seguranças

O militante gay Bill da Pizza, conhecido por ter um comércio no antigo Autorama, região do Parque Ibirapuera, denunciou hoje no Facebook a agressão de seguranças do Parque Ibirapuera contra gays. O autorama se tornou um point gay em São Paulo nos anos 90, e desde sempre um ponto de atrito da comunidade gay paulistana com a Prefeitura, sendo fechado no ano passado. Com isso, os gays passaram a se encontrar dentro parque e serem vítimas de perseguição dos seguranças do local. Segundo Bill, ele presenciou neste domingo um grupo de 1º jovens gays serem perseguidos, atacados e expulsos do parque por seguranças com pedaço de paus.

Em sua página, Bill escreveu: “Presenciei hoje no parque Ibirapuera uma das cenas mais absurdas q ja vi nos últimos dias. Os guardas do Parque agredindo os gays com cassetetes e paus. Tentei argumentar que aquele ato é um desrespeito as pessoas LGBT e quase fui agredido tmb. Agora me fala eu tenho q fingir q ta tudo bem? Essa foto é de um dos meninos q topou fazer BO”, afirmou ele postando a imagem de um jovem com marca nas costas.

Bill acompanhou um dos jovens até a delegacia para registrar a violência. “Acabo de chegar da delegacia onde fui acompanhar o rapaz q foi agredido pelos seguranças do parque Ibirapuera. Ele fez o BO e exame de corpo de delito. Agora é tomar as providências cabíveis. Acho q é assim q se exige direitos. Contamos com ajuda de quem possa nos auxiliar, pois mais uma vez temos um agressão homofóbica na cidade de São Paulo q tanto se orgulha de sua diversidade!”, desabafou ele.

Para a Lado A, Bill contou que um simples beijo gay é motivo de acusação de atentado ao pudor por parte dos guardas. O clima fica tenso à noite, quando os guardas circulam pelas áreas mais escondidas à procura gays, e os expulsam do local mesmo que não estejam fazendo nada. Aos domingos, o parque concentra um rolezinho gay com mais de 200 pessoas e a tensão aumenta.

Neste Domingo, dia 23, ao ver gays sendo perseguidos pelos guardas, Bill conta que presenciou a agressão de um deles que tentou filmar a abordagem dos seguranças, por volta das 21h. O ativista foi ameaçado a deixar o local depois de questionar a abordagem. Indignado, ele afirmou que não é a primeira vez que esta violência acontece no parque e que se sentiu na obrigação de denunciar.