Redação Lado A | 16 de Março, 2014 | 22h30m |
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“Excluir as minorias sexuais não é só uma tragédia humana, mas também um custo econômico que as sociedades impõem para si mesmas”, afirmou o sul-coreano Jim Yong Kim, presidente do Banco Mundial na abertura do evento. O tema foi discutido apesar de enfrentar certa resistência dentro do próprio Banco, que cancelou empréstimos a Uganda depois que o país aprovou uma lei que pune a homossexualidade com prisão perpétua. A Índia, local onde foi realizada a pesquisa, restaurou no fim do ano passado uma lei vitoriana que pune a homossexualidade. A atitude mostra que o Banco Mundial está atento a promoção dos Direitos Humanos e que a homofobia, além de uma questão social global é um problema econômico.
Segundo o estudo do Phd M.V. Lee Badgett, que não é conclusivo, a exclusão social gera suas reações em cascata que impactam diretamente na economia. O pesquisador afirma que não conseguiu mensurar o tamanho da comunidade gay por causa da invisibilidade em razão do preconceito. A violência, marginalização legal, perda de emprego, discriminação, rejeição familiar, bullying na escola e pressão social criam a perda do desenvolvimento pleno de profissionais, empresas e economias. Os agentes dessa perda seriam a baixa educação, perda da produtividade, menores salários, saúde ruim e força de trabalho mais fraca em um contexto generalizado da sociedade. Com isso, aumentam os custos de programas sociais, diminui o tamanho da economia e subsequentemente diminui os investimentos em capital humano.
Um estudo americano anterior apontou que empresas perdem talentos sem políticas de inclusão e que regiões ou países mais tolerantes se beneficiam com a chegada de trabalhadores com formação educacional mais alta em busca de ambientes mais tolerantes. O estudo avalia que a Índia, que recentemente teve a criminalização da homossexualidade restaurada pela Suprema Corte, tem um prejuízo fica entre 0,1% e 1,7% do PIB, o que representa perda de um montante US$ 1,25 e US$ 7,7 bilhões, entre R$3 bilhões e R$20 bilhões ao país.
O painel explorou desde o preconceito familiar, escolar até a depressão e ambiente de trabalho para traçar como a homofobia pode minar o desenvolvimento de futuros profissionais e pessoas que poderiam contribuir ativamente com a economia e desenvolvimento da sociedade.
SOBRE O AUTORRedação Lado AA Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa |
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