Escola cristã de Hong Kong institui regra que bane professores homossexuais

Com base no que chama de “contrato moral”, a Escolar Internacional Cristã de Sha Tin, em Hong Kong, instituiu que seus professores não podem ter relacionamentos com pessoas do mesmo sexo e nem viver com pessoas do mesmo sexo, se fora do casamento. “Bons cristãos servem de modelo para nossos estudantes”, teria afirmado a escola para o jornal The South China Morning Post. A escola foi fundada por um grupo de missionários de diferentes ordens evangélicas em 1991 e pediu aos atuais professores que assinassem o contrato. Ou seja, não perguntou quem era homossexual mas pediu que a pessoa assinasse um termo que afirma que poderia ser desligada da escola e dava razão à regra.

A norma burla o código local que proíbe a discriminação com base na sexualidade, uma vez que não proíbe professores homossexuais mas aqueles que não vivem em matrimônio, como manda a Bíblia. Porém homossexuais não podem se casar na ilha, logo, todos os homossexuais sexualmente ativos são incluídos na regra. O código que proíbe a discriminação no trabalho porém é uma sugestão e não tem peso de lei. O conselho legal da região já avalia a medida singular da escola particular que tem mais de 1200 alunos. Para o conselho, a medida pode estimular o preconceito.

O reverendo geral da Igreja Anglicana em Hong Kong, Peter Douglas Koon, discordou da medida. “Nós não apoiamos esta política pois é discriminatória. Nossas escolas anglicanas em Hong Kong não aplicam estas regras. Você não pode assumir que pessoas gays vão promover a homossexualidade. Há pessoas que são médicas, advogadas, e em muitas outras profissões, que são gays assumidas. Se um juiz é gay, não podemos dizer que por isso ele não seria um bom juiz”, afirmou o religioso.