Redação Lado A | 03 de Abril, 2014 | 17h21m |
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Jessica Dutro, 25 anos, foi condenada no júri popular de Oregon, Estados Unidos, por ter matado em 2012 seu filho Zachary Dutro-Boggess, um dia antes de seu aniversário de 4 anos de idade. O crime aconteceu em um abrigo da cidade de Tigard e foi testemunhado pela irmãzinha da vítima, que ajudou a condenar a própria mãe. O padrasto que agrediu o menino se declarou culpado pela morte diante do juiz durante audiência no mês passado. A mãe se declarou inocente, por isso foi a julgamento.
Depois de ser espancado e ter atendimento médico negligenciado, Zach morreu em razão de uma hemorragia interna no abdômen. O padrasto afirmou que deu um chute na barriga do menino dois dias antes de ele ir ao hospital. A mãe e o padrasto chamaram a emergência quando o menino ficou inconsciente, no dia 14 de agosto, e ele veio a óbito dois dias depois no hospital por assepsia.
Segundo a acusação, a mãe acreditava que a criança era gay e por isso a maltratava. Mensagens enviadas entre o casal, em que a mãe falava que a criança seria gay por agir e falar como tal, e castigos aplicados ao filho, exemplificam a rotina de maus tratos que Zack era submetido. Todas as crianças eram mal tratadas mas Zack recebia o ódio maior e mais violento, disseram os promotores do caso. Em uma das mensagens, a mãe diz que o padrasto deveria “trabalhar” o menino, para que ele não se tornasse homossexual.
“Eles espancaram meu irmão, então ele morreu. Eu os vi”, disse a menina de apenas 7 anos para seu guardião diante do tribunal. Ela e outro irmão sobrevivente, de 3 anos, também eram vítimas de maus tratos. A sentença da mãe homofóbico assassina sairá no próximo dia 18 e ela pode pegar pena de morte.
No Brasil, um caso parecido aconteceu no Rio de Janeiro no mês passado. Alex André, de apenas 8 anos de idade, deu entrada no dia 17 de fevereiro sem vida no Pronto Atendimento (UPA) de Vila Kennedy, Zona Oeste do Rio de Janeiro, depois da última sessão de espancamento de sua curta existência. O corpo estava cheio de marcas e a autópsia revelou que o fígado dilacerado provocou hemorragia interna o levou à morte.
O pai, André Soeiro, de 34 anos, preso no dia seguinte, afirmou que batia com frequência no menino para ele aprender a “andar como homem”. Os corretivos vinham quase todos os dias, já que o garoto além de desobediente gostava de lavar louça e fazer dança do ventre. O pai disse que o filho era “afeminado” e que por não chorar durante as surras ele batia mais forte, a fim de endireitá-lo. O pai também batia nas companheiras e era considerado violento.
SOBRE O AUTORRedação Lado AA Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa |
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