Reverbera pelo mundo a vitória neste domingo da drag, trans, travesti, ser sem definição, maravilhosa Conchita Wurst na competição musical do Canal Eurovisão, na Dinamarca. A representante austríaca criou uma celeuma na Rússia, terra da lei contra propaganda gay, em que políticos se mostram claramente incomodados. Primeiro o canal computou os votos da Criméia como Ucrânia e não Rússia, argumentando questões técnicas, depois, com a vitória da diva barbada, transmitida ao vivo para boa parte da Europa e Ásia, uma clara declaração de que o pensamento limitado russo não condiz com o mundo atual.
Em uma declaração infeliz, um proeminente nacionalista russo Vladimir Jirinovski fez uma declaração nazista: “É o fim da Europa. Ali não há homens e mulheres, há ‘aquilo’. Há 50 anos libertamos a Áustria. Foi um erro”, se referindo a invasão russa que livrou os austríacos dos nazistas, depois que Hitler tentou conquistar Moscou.
O vice-primeiro-ministro russo, Dmitri Rogozine, chegou a mandar recado aos ucranianos: “Isso deu uma ideia aos partidários da integração europeia do que os espera se se juntarem à Europa. A saber: uma mulher de barba”.
Que tal se ela viesse para o Brasil para a Copa do Mundo?
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