Nesta terça–feira, o deputado Jair Bolsonaro divulgou um vídeo onde o seu companheiro de Congresso Jean Wyllys troca de assento em um voo da TAM do Rio de Janeiro para Brasília. Bolsonaro diz que se sentiu humilhado e que se tratou de um caso de heterofobia. Curiosamente, o mesmo deputado se opôs ao projeto de lei 122, que criaria o crime de homofobia e também de heterofobia, pois o texto da lei veta qualquer preconceito por “orientação sexual”, “identidade de gênero” e diversas formas de preconceito, inclusive religioso.
A reação de Wyllys porém, não poderia ser classificada como heterofobia, uma vez que ele muda de lugar sem se importar se a outra pessoa é homo ou heterossexual. Para configurar heterofobia, teria de haver provas e o vídeo mostra apenas o desespero de Wyllys de mudar de lugar e não sentar ao lado de Bolsonaro. O deputado de direita comumente se refere aos gays de forma pejorativa, propôs projeto de lei que separa o sague de homossexuais nos bancos de sangue, diz que ativistas gays querem acabar com a família e incentivar a pedofilia, além de usar palavras de baixo calão para se referir aos homossexuais.
Claramente é um caso de babacafobia de um lado e um claro bullying do outro, já que o deputado homossexual assumido é literalmente perseguido pelo valentão com uma câmera que já chega gravando e dissimula os fatos para se dizer vítima de um crime que ele mesmo ajudou a não criar. Outra: O PLC 122 não pune apenas a heterofobia e a homofobia, ele pune também: “Define e pune os crimes de ódio e intolerância resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião, origem, gênero, sexo, orientação sexual, identidade de gênero ou condição de pessoa idosa ou com deficiência.
Salientamos que a babacafobia não será crime, se aprovada a lei, e nem mesmo será obrigado a se tornar homosexual.
Assista o vídeo:
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