Redação Lado A | 11 de Junho, 2015 | 13h41m |
“É algo delicado de se tratar, ainda mais no Brasil. Mas vamos ser corretos: por que esse assunto deu tanto drama? Eu entendo que ela possa ser má interpretada, mas não agiu de má fé. Queria passar uma mensagem sobre o que nós, trans, sofremos. Ninguém quer comparar nossa história a de Jesus Cristo. Ela quer falar do nossos problemas. Muitos famosos, como Neymar, já apareceram crucificados em capas de revista. A Madonna surgiu de pernas abertas na frente da cruz em shows. Ninguém fala nada. Mas agora, por se tratar uma transexual, o ato virou blasfêmia”, declarou Léa que disse ser uma pessoa de fé.
“Ela foi muito corajosa, mas tocou em um assunto que eu não teria tocado. Tenho uma imagem de Jesus – na verdade, de qualquer divindade e de qualquer religião – que não me atrevo a tocar em um contexto que não seja religioso. Mas isso não significa que eu não precise respeitar a filosofia dela. É bem claro que ela não queria ofender ninguém. Mas são escolhas. Há artistas que usam a imagem de cruz em teatro, cinema, museu… Eu fico indignada: por que ela não pode e os outros podem?”, reforçou a modelo.
SOBRE O AUTORRedação Lado AA Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa |