O colunista Christovam Chevalier, autor da coluna “Parada Obrigatória” o jornal O Globo, recebeu uma correspondência de uma assessoria de imprensa com um adesivo para lá de descritivo sobre ele: “gay, filho da Scarlet Moon”. Indignado, ele ameaçou processar a empresa que enviou o pacote. “É assustador ver que demonstrações de intolerância e de HOMOFOBIA vêm de empresas que julgávamos esclarecidas”, afirmou ele no Facebook.
“Não sou de brigar, mas não vejo outra forma de me fazer respeitar, honrar minha dignidade e, sobretudo, a memória da minha mãe. Se eu me acovardar, só vou colaborar para o crescimento já gritante do desrespeito às diferenças nesta cidade e neste país”, afirmou o jornalista que promete processar a empresa e questionou ainda se essas informações fariam diferença sobre ele.
A empresa demitiu a funcionária que teria cometido o erro e pediu desculpas ao moço.
Confira o bafo:
“É assustador ver que demonstrações de intolerância e de HOMOFOBIA vêm de empresas que julgávamos esclarecidas. Na tarde desta quinta-feira, chegou à redação do Globo, jornal onde assino há exatos dois anos a coluna Parada Obrigatória, um envelope com a inscrição que pode ser lida na etiqueta fotografada aqui. A correspondência veio, vejam vocês, de um conceituado escritório de assessoria de imprensa.
Não me envergonho de ser apontado como GAY. Há muitos anos que assumi minha orientação sexual à família e àqueles que me querem bem. Desde então, construí com dedicação e profissionalismo um nome na minha profissão, levo minha vida com discrição e dignidade, além de honrar compromissos e despesas com responsabilidade.
O que me enoja na referida etiqueta é ver que o nome da minha mãe, já falecida e de quem tenho também muito orgulho, foi também inserido como aposto. SIM, sou GAY e filho da Scarlet Moon. Mas será que esse aposto fará diferença para as pessoas em cujas mãos esse envelope passou?
Bom, o caso já está com o advogado Ricardo Brajterman e com Raquel Raquel Castro, presidente da Comissão de Direitos Homoafetivos da OAB. Não sou de brigar, mas não vejo outra forma de me fazer respeitar, honrar minha dignidade e, sobretudo, a memória da minha mãe. Se eu me acovardar, só vou colaborar para o crescimento já gritante do desrespeito às diferenças nesta cidade e neste país”.
