Depois de acusado de homofobia, o diretor atual do programa Zorra, Marcius Melhem, foi a público dizer que foi proposital a “brincadeira” feita no humorístico sobre o enterro de um militar, são paulino, que era gay, mostrado como herói e amado por todos. A esquete ganhou destaque em sites de torcedores e segundo o diretor global a polêmica foi proposital e ele gostaria de saber se o time de futebol não vê com bons olhos um torcedor gay.
Olha, primeiro que uma cena de velório já é terreno perigoso para o humor. Piadas como “é o orgulho do papi”, feito de maneira escrachada, não tem nada de novo ou de humor. É sim um quadro de mau gosto no mínimo, preconceituoso quando supõe-se que uma pessoa ser homossexual é motivo de risada. “O militar gay que morreu foi colocado como um herói. Ser gay não era uma questão para o Exército. Esse dado positivo passa quase despercebido. Mas sabíamos que as pessoas iam focar na bandeira do São Paulo. E nossa intenção era tirar o preconceito do armário”, afirmou o diretor para um blog.
O programa vinha sendo elogiado em sua nova direção mas este foi um deslize desnecessário e a resposta do diretor uma outra oportunidade de ficar quieto perdida.