Na última quinta-feira, 28, a justiça argentina determinou que dois assassinos, responsáveis pela morte da trans Gimena Alvarez, 31, fossem condenados à prisão perpétua, na província de Salta. O crime, que aconteceu no dia 24 de dezembro de 2014, foi julgado pela lei de feminicídio e marcou o primeiro caso de punição pela lei contra uma mulher trans.
A lei de 2012, que contou com amplo apoio da ex-presidente Cristina Kirchner, pune com a prisão perpétua qualquer homem que mate ou assassine uma mulher ou pessoa que se perceba com a identidade de gênero feminino. O país também conta com a Lei de Identidade de Gênero, aprovada em 2011, que facilita a mudança para o nome social nos documentos. Direito que Gimena portava com orgulho. Carlos Plaza, 20, e Juan José del Valle, 37, teriam, segundo a investigação, solicitado os serviços de Gimena, que era prostituta, e ao se encontrarem com ela, roubaram seus bens e a espancaram, jogando-a em um canal próximo.
Ela foi socorrida e encaminhada ao hospital, mas acabou vindo à óbito na mesma noite por conta dos seus ferimentos. A principal testemunha do caso é um jovem de 15 anos que estava no local na hora do crime e afirma ter visto a cena de espancamento.
A Argentina é um dos países latinos pioneiros em direitos LGBTs, sendo o primeiro a aprovar o casamento entre pessoas do mesmo sexo na América Latina.