Há alguns anos, a Parada da Diversidade de Florianópolis tem encontrado dificuldades para ser realizada, o que acarretou na sua não realização no ano de 2014 e um grande boicote da Prefeitura de Florianópolis em 2016. Com evento criado e movimentado há mais de mês, a Prefeitura da cidade decretou na sexta-feira, 9, praticamente um dia antes da realização, que aconteceu neste Domingo, 11, que a marcha não poderia acontecer na Beira Mar Norte, onde tradicionalmente é realizada por motivos de segurança, e empurrou o movimento para a Beira Mar Continental, fora da ilha.
Mesmo com o boicote financeiro e a mudança de local em cima da hora, milhares de pessoas compareceram à Parada, que começou por volta das 15h de ontem. O organizador Ricardo Medeiros, do Instituto Brasileiro de Diversidade Sexual, celebrou a festa, a variedade cultural da comunidade e a participação em massa do público, mas não deixou de denunciar o estratagema de políticos para reduzir o peso do movimento. No evento oficial, ele publicou:
“Fica comprovado, com a realização da Parada do Orgulho LGBT de Florianópolis, ontem, sem um centavo de dinheiro público, que o prefeito Cesar Souza Júnior, o vereador Tiago Silva, a Secretária de Turismo Elizenia Prado Becker, suas aspones, Deise Menezes, Coordenadora de Eventos, e Sara Silveira, Diretora de Eventos da SETUR, não são os donos da nossa cidade”, afirmou, revelando um pouco sobre os impasses que enfrentou com as autoridades públicas.
A realização do evento se deu graças ao apoio de um grupo de amigos que conseguiu o patrocínio da iniciativa privada. As empresas FG Seguros, Jo Cintra Tailor Made Tours e Hotéis Castelmar abraçaram a Parada da Diversidade LGBT de Floripa e a tornaram possível. Artistas como Dindry Buck prestigiaram o evento que foi realizado em forma de protesto. O evento acabou por volta das 22 horas.
Segundo fontes consultadas pela Lado A, a Prefeitura de Florianópolis exige que eventos na Beira Mar Norte contratem grades de separação das vias, o que não foi providenciado pela organização do evento, por isso o evento precisou ser realocado. A briga é claramente política, com os antigos organizadores não apoiando os novos e a prefeitura sem intenresse claro em manter o evento que já foi um dos mais bonitos do Brasil.
