O Museu da Diversidade Sexual, do Governo do Estado de São Paulo, localizado dentro da estação República do metrô de São Paulo, recebe a oficina “As representações LGBT na música brasileira”, ministrada por Renato Gonçalves, baseada no livro “Nós duas, as representações LGBT na canção brasileira”. A oficina foi dividida em duas partes, nos dias 08 e 15 de outubro. O trabalho realizado pelo edital ProAC LGBT nº 26/2015, estabelece as relações entre a MPB e a diversidade sexual.
“Afinal, do que é feita uma canção popular-comercial e o que seria uma representação LGBT? Antes de adentrarmos no cancioneiro nacional, vale a pena olharmos com atenção as relações entre a canção popular-comercial e as questões de gênero, na tentativa de esboçar um modelo de análise que nos sirva no presente estudo”, reflete Renato, mestre pela USP.
O livro de Renato Gonçalves apresenta as representações LGBT que permeiam a música brasileira desde pelo menos a década de 1970, passeando por canções selecionadas para discutir como a música até hoje tem um papel fundamental na formação de identidades coletivas. Trazendo canções de artistas como Ana Carolina, Chico Buarque, Ney Matogrosso e Tuca, uma artista da década de 70 pouco conhecida. O autor se debruça sobre os seguintes temas: “A canção e a representação”, “A censura e a linguagem”, “A marginalização e o corpo”, “A fantasia e a realidade”, “ O gênero e o palco das representações”, “A sexualidade e a sociedade”, “O público e o privado”, “A sociedade e a família”.
“Hoje muitos artistas LGBT, como as bandas Liniker e os Caramelows e As Bahias e a Cozinha Mineira, têm surgido no cenário musical e têm sido recebidos com muito entusiasmo. São trabalhos extremamente relevantes. Porém, grande parte do público não sabe que eles são herdeiros de uma trajetória muito rica da questão LGBT na música brasileira”, pondera o pesquisador.
Oficina “As representações LGBT na música brasileira”, ministrada por Renato Gonçalves
Onde? Museu da Diversidade Sexual (Rua do Arouche, 24, piso mezanino da estação República do metrô)
Quanto? Gratuito