Redação Lado A | 29 de Novembro, 2016 | 23h48m |
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Por 14 a 8, o título de utilidade pública ao IBDSEX, Instituto Brasileiro de Diversidade Sexual – Instituto Dignidade, foi rejeitado em 2º turno na Câmara de Vereadores, em nova votação nesta segunda-feira. A votação anterior foi anulada depois que os vereadores acataram que o prazo estipulado para a segunda votação da proposta havia não sido respeitado. Apesar de aprovado em primeira votação, a entidade enfrentou forte embate com a bancada conservadora da Câmara.
“A sociedade tem que avançar muito em relação à cultura do ódio; o diferente não pode se expressar e exercer os seus direitos”, disse Professora Josete (PT), após o plenário rejeitar a declaração de utilidade pública ao Ibdsex.
O Ibdsex atua na promoção da cidadania LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) e na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e da Aids. Neste ano, com apoio de grupo de pesquisa da UFPR, o instituto realizou a primeira Pesquisa Nacional Sobre o Ambiente Educacional, reunindo depoimentos e informações sobre homofobia nas escolas. “Nos 12 anos que eu estou aqui, é a segunda vez que eu vejo uma utilidade pública ser rejeitada. A primeira foi a Appad (Associação Paranaense da Parada da Diversidade), que além de organizar a marcha da diversidade, tem uma série de ações de acolhimento à comunidade LGBT (014.00005.2009). Infelizmente a questão da discriminação e do preconceito acabam interferindo no voto”, analisou a vereadora.
Segundo Josete, um documento apócrifo relacionando o Ibdsex “à promoção do aborto” chegou a circular na Câmara. Ela afirmou que fará uma representação à Mesa Executiva na tentativa de identificar a autoria da afirmação. A votação teve que ser reiniciada depois que o vereador Toninho da Farmácia (PDT) votou sem querer pelo vereador Colpani.
O jornalista Oswaldo Eustáquio, auto intitulado defensor da família, vice presidente do Sindicato dos Jornalistas do Paraná chegou a interromper a sessão e foi advertido pelos vereadores. Eustáquio teria sido acionado judicialmente pelo Grupo Dignidade e pelo deputado federal Jean Wyllys (Psol/RJ), segundo a vereadora, por texto em seu blog que afirma que o fundador da entidade, Toni Reis, e o deputado “faz passeatas em que gays se masturbam utilizando o crucifixo”.
Com informações da Câmara Municipal de Curitiba.
Confira como votou cada vereador:
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