Vereadores de Curitiba negam título de utilidade pública para ong gay

O Instituto Brasileiro de Diversidade Sexual, Instituto Dignidade, teve seu pedido de utilidade pública negado em segunda sessão na Câmara dos Vereadores de Curitiba no última segunda-feira. Apesar de já aprovado antes das eleições, a segunda votação foi postergada para depois das eleições, por 25 sessões, depois de confusão montada pela bancada evangélica. O prazo não foi cumprido e a votação pode vir a ser anulada.
 

Por 15 votos contra e 10 a favor, os vereadores desta vez rejeitaram o pedido. O Instituto Dignidade (Instituto Brasileiro de Diversidade Sexual) é um braço de pesquisa em Educação do Grupo Dignidade, mais antiga ONG LGBT do Sul do país, com 24 anos de fundação e referência internacional na luta pelos direitos LGBT. 

 

A declaração municipal de utilidade pública (014.00024.2015) foi um pedido da Professora Josete (PT) e foi a segunda vez que casa barrou um título para uma entidade LGBT, antes, em 1998, a casa não aprovou o pedido da Associação Paranaense da Parada da Diversidade (014.00005.2009), rejeitada em votação simbólica no dia 23 de março de 2009, também proposta pela vereadora Professora Josete. 

O argumento da bancada evangélica foi de que a entidade quer promover a “ideologia de gênero” e doutrinar as crianças nas salas de aula para a homossexualidade e desconstrução dos gêneros e da família.
 

Josete e o Dignidade pretendem anular a votação ou esperar a próxima legislatura, quando o pedido poderá ser reapresentado. Para Toni Reis, não houve discussão sobre o tema e os vereadores se confundiram na hora de votar. Para a professora Josete, reeleita, trata-se de vingança por conta de sua atuação parlamentar. 

VEJA COMO VOTARAM OS VEREADORES: