O Congresso mexicano rejeitou nesta quarta-feira a proposta do presidente Enrique Peña Nieto para reconhecimento do casamento gay em todo o país. Em 2009, a união entre pessoas do mesmo sexo a foi reconhecida pela capital, Cidade do México, e posteriormente em outras regiões. A cidade do México foi a primeira localidade da América Latina a reconhecer a união entre pessoas do mesmo sexo. Já em 2015, a Suprema Corte de Justiça declarou o Artigo 4° e reconheceu o direito dos casais homossexuais a terem seu casamento reconhecido pelo Estado.
No mundo real, poucos estados legislaram sobre o tema, por isso o governo mandou uma proposta para o Parlamento, para garantir na Constituição o casamento entre pessoas do mesmo sexo e retirar a frase que diz que casamento é uma união “entre homem e mulher”.
A direita votou em peso contra e o partido do presidente, o Partido da Revolução Institucional (PRI), votou rachado. Já alguns membros do Congresso se prenderam na burocracia para afirmar que a matéria competia aos estados.
A medida foi recusada pela Câmara por 19 votos contra, oito a favor e uma abstenção. O deputado Benjamín Medrano Quezada, gay assumido, deu o tom emotivo à votação: “Esta é uma decisão pessoal, votarei a favor do texto porque é a favor de minha dignidade como ser humano, como homossexual e como deputado federal”.