Uma denúncia de desvio de dinheiro para programa que promove prostituição fecha o Escritório Nacional Antidiscriminação Racial italiano, órgão que trabalhava no combate ao racismo e homofobia no país. A denúncia foi realizada por um programa de televisão italiano que afirmou um repasse da Unar de 55 mil euros para uma ONG LGBT que promovia relações sexuais em troca de dinheiro.
A denúncia foi feita pelo programa Le Iene. Na reportagem, não foram indicados nomes de envolvidos, nem da instituição que estaria recebendo o dinheiro e promovendo prostituição. Afirmaram apenas que o diretor do órgão, Francesco Spano, estaria envolvido no repasse e também seria um dos sócios da ONG, o que configura conflito de interesses. Pressionado, o diretor renunciou ao cargo no dia 20 de fevereiro.
Mesmo sem provas concretas, o Governo italiano fechou o órgão por sofrer pressão da parcela conservadora dos partidos políticos. Ele também cancelou o contrato com a ONG, mas verificou que o valor não chegou a ser repassado.
Em uma breve entrevista, o presidente da Associação Nacional contra as Discriminações por Orientação Sexual, instituição que a mídia coloca como a citada na denuncia, Marco Canale, afirmou que todas as acusações são falsas e foram montadas para reafirmar estereótipos sobre a homossexualidade, como a perversão e a prostituição.