O professor da UnB Felipe Areda é uma da principais vozes na luta pela reconstituição da história LGBT no país, assim como a sua cultura. Para contribuir nesse trabalho, ele, em parceria com outros profissionais, fundou o Instituto Cultura, Arte e Memória LGBT em dezembro do ano passado, em Brasília. Em abril deste ano, ele fez o lançamento oficial para a comunidade, apresentando os objetivos do projeto.
“A memória LGBT tem sido contada como uma colcha de retalhos”, foi como Areda começou a apresentação. Para ele, é preciso fazer um trabalho minucioso de costura para resgatar toda a nossa herança cultural. O nossa é usado aqui porque ele faz questão de dizer que todo esse trabalho é feito num sentimento de comunidade e pertencimento. A cultura não precisa ser queer e gay, mas se ela é feita por alguém da comunidade, ela é nossa, segundo ele. Dentre o acervo do instituto estão coleção completas de revistas LGBT brasileiras como a G Magazine, Junior e a Lado A.
O lançamento para a comunidade foi realizado no dia 09 de abril, mas a inauguração do espaço está prevista para setembro de 2017. O local contará com uma biblioteca especializada, exposições, salas para cursos e espaços para eventos culturais. O objetivo do instituto é criar um acervo, expor ele e, ao mesmo tempo, retomar o sentimento de comunidade das pessoas LGBTs de Brasília.