Igrejas inclusivas ganham programa de TV, filme e até aplicativo para celular

As igrejas inclusivas tiveram chegada no Brasil por volta de 2000, sendo um movimento que tem por intenção de repensar a tradição religiosa e propor um lugar para população LGBT no cristianismo do mundo contemporâneo. 
 

Com o passar dos tempos, estes grupos ganharam espaços e fieis. E agora estão fazendo uso de meios de telecomunicação para alcançar as pessoas, como TV, filmes, Bíblia online e até aplicativo de celular. 
 

O curta “Eu não vou para o céu?” é um exemplo. Ele aborda a reflexão proposta pelas chamadas igrejas inclusivas. O projeto universitário filmado este ano, faz uma reflexão acerca das igrejas inclusivas por meio da trajetória de pessoas LGBT que saíram de denominações tradicionais e hoje podem manifestar sua fé de acordo com sua orientação sexual e de gênero. Com direção de Jeferson Batista, Jhonatas Simão e Mariana Rodrigues, o curta foi exibido e apoiado pelo Canal Futura e escolhido como melhor documentário jornalístico e grande reportagem em vídeo e televisão da região Sudeste no Intercom Sudeste 2017.

 

 

Na telinha da televisão, também inovando, estreou o programa “De Volta ao Reino”, na Rede Brasil, transmitido todo sábado às 10h15, com duração de quinze minutos, tendo como apresentador Artur Vieira, de 33 anos. Segundo ele, a intenção do programa é conversar com os jovens que buscam entender a homossexualidade, se aceitar do jeito que são, pois é um período muito difícil para tantos de nós. Artur, em seu programa que originou no YouTube, quer provar que é possível ser gay e evangélico ao mesmo tempo.  

 

Outra novidade, é o aplicativo da Comunidade Cristã Abraça-me, de Curitiba, podendo ser baixado no Google Play, “Abraça-me no cinema”, com o intuito de diminuir a distância da Comunidade, o aplicativo conta com chat, localizador de pessoas que moram próximas ao usuário, estudos da igreja, eventos futuros e ainda receber as últimas novidades como vídeos, mensagens, músicas, galerias de estudos e transmissões ao vivo. 
 

Segundo a comunidade, o objetivo é que esse projeto possa vir a inspirar os usuários em sua fé para que Deus possa fazer da sua vida a sua igreja local, de sua habitação eterna. Uma vez salvo, salvo para sempre, é a mensagem do grupo. Esta é a mesma mensagem da Bíblia da Graça sobre Graça que está disponível também em um aplicativo voltado ao público LGBT.
 

As novas tecnologias são utilizadas para aproximar as pessoas, facilitar na divulgação de notícias e na comunicação. Então, por que as igrejas inclusivas também não podem fazer uso dessa tecnologia, para divulgar o ideal, inspirar as pessoas?  É importante para aqueles que não podem ir até uma igreja que os aceite, para serem alcançados e ajudados e verem que não são os únicos que precisam de uma espiritualidade que os aceite e não os condene apenas. É importante, mesmo que distante, um apoio de alguém que possa dar força e suporte, através da televisão, filmes, aplicativos e páginas no Facebook, entre outros meios de comunicação. Afinal, para quem tem fé, Deus está em todos os lugares e em todos os seres.