O Papiloma Vírus Humano (HPV) é um vírus sexualmente transmissível responsável por uma infecção muito comum tanto em homens quanto em mulheres. De acordo com Alessandra Bedin Rubino, ginecologista do Hospital Israelita Albert Einsten, existem mais de 100 subtipos desse vírus, alguns mais tranquilos e outros mais agressivos que podem resultar em câncer.
Seguindo orientação do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado da Saúde, Curitiba passa a oferecer a vacinação contra o HPV para a toda população de 15 a 26 anos temporariamente. A ampliação da faixa etária está sendo adotada em todo o país para priorizar as vacinas que estão próximas do vencimento. Ainda que Curitiba tenha lotes da vacina com vencimento apenas em fevereiro e março de 2018, as unidades de saúde do município acataram a orientação nacional com o objetivo de beneficiar mais pessoas, declarou Alcides Oliveira, diretor do Centro de Epidemiologia de Curitiba. Outras cidades do estado também estão promovendo a amplição da campanha.
Para o sexo feminino, a vacina protege contra o câncer de colo de útero, o qual é o 3º mais frequente e a 4ª maior causa de morte por câncer nas mulheres brasileiras. No sexo masculino, a proteção abrange os cânceres de garganta, pênis e ânus, além de prevenir mais de 98% das verrugas genitais. Segundo o Ministério da Saúde, os homens estariam protegidos por via indireta através da vacinação feminina, porém homens que fazem sexo com outros homens apresentam 15 vezes mais chances de contrair câncer de ânus devido a infecção por HPV, por isso a importância dessa população também procurar a vacinação.
Enquanto a vacinação do público-alvo anterior – meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos; jovens de 9 a 26 anos que vivem com HIV/Aids, em tratamento de câncer ou transplantados – é mantida continuamente, a medida de ampliação será mantida somente até o fim dos estoques, garantindo a quem tomar a primeira dose da vacina neste período suas duas doses subseqüentes (a segunda após 2 meses e a terceira após 6 meses).