A Absolut, marca de vodca conhecida mundialmente, lançou um clipe em prol do respeito à diversidade com a MC Linn da Quebrada e o grupo As Bahias e a Cozinha Mineira. A produção ganhou as redes sociais atentando para os frequentes casos de transfobia no Brasil e no mundo que resultam na morte de centenas de pessoas transgênero. O Brasil é considerado o país que mais mata em virtude de indentidade de gênero e orientação sexual, segundo dados da ONG internacional Transgender Europe.
O clipe de “Absolutas” foi produzido em parceria com a cantora trans MC Linn da Quebrada e o grupo As Bahias e a Cozinha Mineira. O vídeo faz parte do projeto “Absolut Art Resistance” que reúne manifestações artísticas ligadas às questões sociais junto com a trajetória da marca desde o seu lançamento em 1986.
A cantora MC Linn da Quebrada, artista representativa da população transgênero, negra e periférica, vem ganhando espaço no cenário musical brasileiro. Sua parceria com a Absolut rendeu uma festa de lançamento do clipe, que aconteceu no dia 23 de novembro. Linn da Quebrada é Linn Santos, cantora e atriz brasileira que cresceu na periferia do interior de São Paulo, entre Votuporanga e São José do Rio Preto. Aos 25 anos de idade, a cantora faz sucesso com suas letras sobre os direitos da população LGBT, principalmente aqueles que, como ela, são de origem humilde. “Passei uma vida inteira ouvindo que ‘ser viado não é coisa legal’, que ser travesti é perigoso e vai trazer problemas. Eu não estou dizendo que é fácil, mas que é possível e lindo ser transviada – é uma possibilidade feliz.”, disse.
O grupo As Bahias e a Cozinha Mineira começou na Universidade de São Paulo, em 2011, se apresentando em festas universitárias. Raquel Virginia e Assucena Assucena, são duas integrantes transgênero da banda, que inspiram e interpretam as músicas sobre esse assunto. O primeiro trabalho da banda foi o disco “Mulher” que defende os direitos das mulheres, cis ou trans, e de qualquer pessoa que queira ser livre. O último trabalho do grupo, em 2017, não deixou de abordar questões de gênero e sexualidade, intitulado “Bixa”.
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