Homem morto ao atacar delegacia na Espanha era gay, diz ex-esposa

Um homem foi morto a tiros na segunda-feira, 20 de agosto, ao tentar atacar uma delegacia em Cornella Llobregat, município da Província de Barcelona, na Espanha. Proveniente da Argélia, na África do Norte, Abdelouahab Taib, de 29 anos, tentou esfaquear os policiais que consideram o ato como um ataque terrorista.

Após o ocorrido, Luciana, a ex-esposa de Taib, prestou depoimento à polícia e fez revelações sobre o argelino. Segundo a espanhola, dois meses antes do atentado, Taib havia confessado que era gay. Diante dessas declarações, as autoridades começaram a considerar o caso como uma tentativa de suicídio. Luciana havia se convertido à religião muçulmana a pedido do marido, que estava perturbado por sua religião não aceitar a homossexualidade.

Taib morava há dois anos próximo à delegacia, conforme contou uma vizinha. O argelino  morava com a esposa e os filhos e, embora Luciana tivesse já pedido o divórcio, Taib ainda morava com ela. O advogado da mulher, David Martínez, está tentando que as autoridades não considerem o caso como atentado pelo motivo de a família seguir a religião muçulmana.

O atentado

Por volta das 05h45 da madrugada, Abdelouahab Taib compareceu na delegacia. Ao encontrar a porta do local fechada, Taib apertou o interfone diversas vezes, alegando que precisar dos serviços dos policiais. Quando um dos agentes abriu a porta, Taib o ameaçou com uma faca.

Segundo os policiais, Taib tinha claramente uma intenção homicida. Um dos agentes atiraram contra o muçulmano que morreu no local. Devido à reação do policial, o advogado da família está procurando meios de punir a atuação do agente. Segundo o advogado, a reação dele foi desproporcional em atirar em um homem munido apenas de uma faca.

Após colher alguns depoimentos, a polícia foi fazer uma vistoria na casa de Taib. No local não foi encontrado nenhum explosivo ou material que serviria para um atentado terrorista. Assim, a polícia está pensando em descartar essa hipótese e considerar o caso como homicídio.