Redação Lado A | 21 de Fevereiro, 2019 | 17h42m |
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Segundo dados do Ministério da Saúde divulgados no final de 2018, o Brasil apresentou um aumento nos casos de sífilis. A porcentagem de aumento chegou a 31% para sífilis adquirida. O Boletim Epidemiológico da Sífilis 2018 ainda apresenta um comparativo do aumento da doença entre os anos de 2016 e 2017. Segundo os dados divulgados, em 2016 a doença foi detectada em 44,1 de casos para cada 100 mil habitantes. Já em 2017, o número aumentou para 58,1 casos a cada 100 mil habitantes.
A sífilis é uma doença sexualmente transmissível que pode se manifestar em diferentes tipos e estágios. A doença é causada pela bactéria Treponema pallidum que pode entrar no corpo por meio de contato com mucosas ou pequenos cortes, além do ato sexual. A doença possui três estágios e é contagiosa nos dois primeiros, além do período latente, um outro estágio da doença. Outra forma de contágio é de mãe para filho durante a gravidez ou parto.
A sífilis primária se manifesta em aproximadamente quatro dias após o contágio. A doença pode se manifestar com sintomas como feridas, geralmente localizadas na região genital. Por outro lado, alguns pacientes deixam a doença passar despercebida, já que algumas feridas se formam em locais onde não estão visíveis, como no colo do útero ou reto.
Já a sífilis secundária é caracterizada pela maior demora para se manifestar. Ela demora até duas semanas para apresentar feridas. Geralmente a doença aparece pela falta de tratamento da sífilis primária que pode durar até 10 dias no organismo. Os sintomas da sífilis secundária são dores musculares, inchaços nas axilas e pescoço e coceira. Antes desse estágio, o paciente está na fase latente da doença, isto é, a infecção fica inativa e sem sintomas, que reaparecem depois no próximo estágio.
A sífilis terciária dificulta ainda mais o diagnóstico. Ela se manifesta com sintomas internos, atacando o cérebro, coração, juntas e outros órgãos. Sua incidência no organismo pode causar epilepsia e dor de cabeça.
A prevenção da sífilis é com o uso de preservativos em qualquer atividade sexual. Para isso, as unidades básicas de saúde oferecem preservativos gratuitos para a população. Além disso, portadores de HIV são ainda mais suscetíveis ao contágio de sífilis e devem redobrar os cuidados.
O tratamento é mais rápido se procurar um médico já nos primeiros sintomas. Assim, o diagnóstico é eficiente e o tratamento com medicamentos específicos é imediatamente iniciado. Alguns sintomas, dependendo do estágio da doença, podem ser parecidos com sintomas de outras infecções e passarem despercebidos. Por isso, é importante a procura médica logo nos primeiros sintomas para a realização de exames. Um desses exames é o teste rápido para sífilis que demora cerca de 30 minutos e pode ser realizado nas unidades básicas de saúde.
Em caso de positivo para a infecção, é necessário comunicar o parceiro com quem o paciente teve relações sexuais para que essa pessoa também realize exames.
SOBRE O AUTORRedação Lado AA Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa |
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