Redação Lado A | 02 de Abril, 2019 | 15h03m |
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Com apenas 11 anos de idade, uma estudante americana declarou que pretende ser a primeira presidente lésbica dos EUA. A jovem Ella Briggs é de Connecticut e já engatou sua atuação política através da liderança estudantil. Briggs conseguiu mais de 6400 votos de alunos que estudam em 87 escolas da sua região. Agora, a jovem é considerada a representante mirim estudantil do estado.
Durante sua campanha, Ella, que já se posiciona como lésbica, insistiu no amor. Seu slogan foi “Amor é amor” e atraiu milhares de estudantes com o mesmo ideal de inclusão e respeito à diversidade. O objetivo de Ella é promover o respeito e a aceitação da comunidade LGBTI+ dentro do grupo de milhares de estudantes que possibilitaram sua vitória.
A jovem ativista é estudante da escola Ana Grace Academy of Arts Elementary Magnet School, em Avon. Quando ela assumiu a sua sexualidade, chegou e enfrentar problemas de exclusão e bullying na escola. Não somente os alunos, mas também os pais das outras crianças endossaram o preconceito. Além disso, a jovem passou por escolas que a reprimiram desde muito cedo.
Com o apoio de sua família, Ella analisou o contexto discriminatório em que vivia e resolveu que era necessário fazer algo para mudar. Assim, ela começou a se envolver com organizações políticas estudantis e foi muito aplaudida pela coragem com a qual expôs a homofobia nas escolas.
Durante sua cerimônia de posse como representante mirim estudantil, a jovem agradeceu a presença de todos que estiveram ao seu lado. Para Ella, o momento foi muito importante para abordar o assunto de gênero, sexualidade e discriminação diante de centenas de pessoas. Ella descreveu a sensação de estar em meio a tantas pessoas que a aceitam como “incrível”. Segundo a jovem, seu objetivo é alcançar a presidência do país e ser a primeira lésbica a ocupar esse cargo.
Desde muito cedo a jovem Ella Briggs já conhece o peso da lesbofobia. Ainda aos quatro anos de idade, falou com a mãe sobre ser lésbica. Durante uma viagem de férias com a família, a criança viu um outdoor com duas mulheres e um bebê, o que lhe pareceu ser um casal lésbico. Desde então, a pequena se identificou como que viu e passou a se afirmar como lésbica.
Embora a família tenha amparado Briggs, o preconceito fora de casa não demorou a aparecer. Na escola, a pequena repetia para os colegas e professores o mesmo que dizia em casa sobre sua sexualidade. Em resposta, alguns alunos se afastavam de Ella durante as aulas. Além disso, um professor chegou a dizer que ela não era adequada para a escola. Os pais de alguns alunos ainda disseram que ela iria para o inferno. “Chorei no banheiro”, contou Ella.
SOBRE O AUTORRedação Lado AA Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa |
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