Redação Lado A | 09 de Março, 2020 | 22h30m |
Na última semana, um novo dado apontou que a população LGBT em presídios brasileiros é de 10.457 pessoas. O número foi informado pelo Depen (Departamento Penitenciário Nacional), e se refere a população carcerária de 2019.
Ainda segundo os dados, a maioria da população LGBT é formada pelos bissexuais e pelas lésbicas, sendo estimados em 3.487 e 3.165, respectivamente. Os gays vêm em 3º lugar, somando 2.821 presos, e transexuais, 429.
Embora sejam um grande número, os LGBTs representam apenas 1,4% do total de detentos no país, e por serem minoria muitas vezes acabam sofrendo com discriminação.
Nesta reportagem da BBC, detentos da população LGBT contam como é sua realidade, e dizem se sentirem excluídos. Eles relatam como é viver sob as regras das facções, em que um gay, por exemplo, não poderia tomar água no mesmo copo do que um hétero, ou usar o mesmo prato.
Apesar das regras impostas pelas facções, a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) informa em nota que todos os direitos da população LGBT são garantidos por uma resolução de 2014, inclusive as visitas íntimas.
No Paraná, detentos GBT têm a opção de cumprir pena ou custódia na Penitenciária de Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana da capital. O preso deve formalmente solicitar a transferência para o local caso julgue que corre risco de violência ou preconceito. Em todo o país, alas GBT foram criadas para tentar garantir a integridade desta população.
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