“O Quinto Beatle”: O gay por trás da maior banda de todos os tempos

Muita gente não sabe mas os Beatles tinham um quinto integrante, talvez tão importante quanto os famosos e eternizados John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr. Brian Epstein, gay e judeu, foi o homem que convenceu a banda a tentar uma carreira além das fronteiras dos pubs ingleses. O personagem, real, é o foco da graphic novel “O Quinto Beatle”, que chega ao mercado esta semana. O trabalho concorre ao prêmio Eisner Award, de HQ, e em breve deve ser adaptado para o cinema.

Com roteiro de Vivek Tiwary e ilustrações de Andrew Robinson e Kyle Baker, o livro conta como Epstein convenceu os meninos de Liverpool de que o céu era o limite. Como ele administrou a banda e os problemas pessoais de seus integrantes para que eles atingissem o sucesso. Epstein atuou como empresário, amigo, mentor, fã e assessor do grupo.

Ele descobriu a banda em Liverpool em 1961, quando era dono da melhor loja de discos local. O empresário se empenhou para conseguir um contrato para o grupo e persistiu até que conseguiu. Sua homossexualidade só foi tornada pública em 1967 depois de sua morte por overdose. Humores de um relacionamento entre ele e John Lennon faziam parte do cotidiano da banda, devido à proximidade dos dois. “Isto nunca foi consumado mas nós tivemos um relacionamento muito próximo”, chegou a dizer o líder dos Beatles.

Tudo isto está registrado em “O Quinto Beatle”, obra que levou 22 anos de pesquisa segundo Vivek, premiado produtor da Broadway. Apenas os diálogos são ficcionais, ressalta ele que admite que algumas histórias ganharam contornos no roteiro.