A Argentina concedeu esta semana asilo político a um homem gay russo de 28 anos, não identificado, depois que o mesmo alegou ser vítima de preconceito e discriminação em seu país. A decisão é baseada na falta de proteção do Estado russo aos cidadãos homossexuais e abre uma brecha para que homossexuais russos possam pedir refúgio ao país portenho e outros países da região.
Países europeus e os EUA já vem dando asilo a gays em situação de risco da Rússia, Oriente Médio e da África, mas esta foi a primeira vez que um asilo político foi concedido a um homossexual na América Latina. O refugiado afirmou ainda que a polícia não investiga queixas de violência e discriminação de quem foi vítima de homofobia. O homem já vivia na argentina há 2 anos e o caso foi acompanhado pela Ong Federação LGBT Argentina, que prestou apoio jurídico ao caso.
Na Rússia, desde o ano passado, uma lei proíbe que homossexuais se expressem livremente, podendo ser configurado crime se expor qualquer indício de homossexualidade, seja afeto ou palavras, aos menores de idade. Na prática, a lei tem inflado as estatísticas de violência contra a comunidade gay e o governo pouco tem feito para combater a homofobia. No país, não há leis que garantam direitos dos cidadãos homossexuais, que são obrigados a viver na margem da sociedade.