As russas Alyona Furvosa e Irina Shumilova casaram na semana passada em São Petersburgo, cidade conservadora da Rússia de onde saiu o presidente Vladimir Putin e a primeira lei estadual contra a propaganda gay, que virou nacional e baniu qualquer menção a homossexualidade e criou um ambiente de violência homofóbica no país. As duas mulheres se casaram por que uma delas nasceu homem e apresentou seus documentos para marcar a cerimônia, em que casaram de branco, com direito a cobertura internacional, em um cartório da cidade.
As duas exploraram a brecha na lei que tecnicamente as identifica com homem e mulher, mas o intuito foi prestar apoio aos casais gays que não conseguem se casar e elevar a discussão no país. “Para falar a verdade, é assustador e desconfortável, pois não sabemos o que esperar no futuro”, afirmou uma das noivas para a CNN. Elas afirmaram ainda que o governo já estuda uma forma de proibir estes casamentos. “Eu espero que isso ajude as pessoas a entender que se elas lutam por seus direitos, nós poderemos chegar lá”, afirmou Alyona depois de se casar na presença de amigos, parentes e militantes.
Os conservadores russos chegaram a afirmar para a matéria da CNN que elas deveriam estar em um hopício recebendo tratamento ou se mudarem no país.
Confira a reportagem da CNN:
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Redação Lado A
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