A última segunda-feira, 25, foi uma data histórica para os homossexuais da Grécia, pois este foi o dia em que a legalização do casamento homoafetivo entrou em vigor no país. O primeiro registro de união aconteceu entre um professor e um médico, na prefeitura da cidade de Atenas. A Grécia foi o último país da União Europeia a aprovar a união civil entre casais do mesmo sexo.
A legislação que equipara casais homossexuais a heterossexuais em diversos sentidos, menos na adoção, levou anos para ser aprovada em decorrência da forte pressão da Igreja Ortodoxa, que exerce grande influência nas decisões de Estado da Grécia. O avanço só aconteceu depois que a Corte Europeia dos Direitos Humanos deu um veredito de descriminatória a lei grega, em 2013.
Na assinatura da ata da primeira união civil entre homossexuais, nesta segunda, o prefeito de Atenas, Yorgos Kaminis, esteve presente e declarou: “Sendo o primeiro dia em que esta lei é implementada, hoje é um dia muito importante para os direitos civis na Grécia e para adaptar o país à realidade internacional”, em clara alusão à pressão política externa.
A decisão deve ser comemorada, mas ainda deve ser aprimorada. Assim como Portugal, a Grécia ainda enfrenta entraves para aprovar a adoção por casais do mesmo sexo (lincar para a matéria que fiz ontem de Portugal, que ainda não foi postada).
