Os homens estão abrindo suas mentes para novas sexualidades. Homens exclusivamente heterossexuais não representam mais a maioria, pelo menos não entre as gerações mais novas. Um pesquisa realizada pelo YouGov entrevistou cerca de 1.630 jovens britânicos de até 24 anos e descobriu que 1, em cada 2 homens, não se considera 100% heterossexual.
A pesquisa levou em consideração a escala da sexualidade, inventada em 1940, por Alfred Kinsey. Nela, o número 0 representa que a pessoa é 100% heterossexual, enquanto o número 6 garante uma sexualidade 100% voltada para a homoafetividade. O interessante desse estudo, liberado no fim do ano passado, é o dado de que apenas 46% dos jovens se colocam em uma posição de heterossexuais, o que revela uma abertura da mente no sentido da sexualidade humana.
O número de homossexuais ainda é baixo, com apenas 6% dos jovens afirmando que o número 6 representa com veracidade a sua orientação sexual. Todo o restante dos homens, coloca sua sexualidade em qualquer lugar no meio desses dois conceitos, o que mostra que a sexualidade humana não se restringe a duas opções, mas, sim, manifesta-se de infinitas maneiras. Esse estudo não representa um aumento de jovens gays, mas indica uma abertura na forma em que os homens enxergam outros homens, dando espaço para novos sentimentos e experiências.
Adultos
Entre os adultos, a perspectiva não é a mesma. 87% dos caras que responderam a entrevista confirmaram ter uma orientação mais voltada para a heterossexualidade, aceitando o binarismo sexual. Segundo outro estudo, conduzido pelo Centro de Controle e Prevensão de Doenças dos Estados Unidos, houve um aumento de heterossexuais que afirmam ter praticado sexo com outros homens, chegando ao 2,3% – porcentagem que representa mais pessoas do que a comunidade judaica no país.
Sexo entre homens é comum
Uma especialista em estudos femininos, Jane Ward, da Universidade da Califórnia apresenta uma perspectiva importante sobre o sexo entre homens. Para ela, a heterossexualidade é mais complexa do que imaginamos e o fato de homens heterossexuais fazerem sexo com outros homens é bastante comum. Para isso, ela usou como exemplos a prática em fraternidades universitárias nos Estados Unidos e a masturbação coletiva em banheiros de escolas.