O modelo Laith Ashley tem 26 anos e vive na cidade de Nova York. Seu trabalho tem impressionado diversos críticos das passarelas da Big Apple. Sua presença na Semana de Moda de Nova York, pela grife Adrian Alicea, atraiu os holofotes e todo mundo queria saber mais sobre ele.
De origem dominicana, Laith nasceu no Harlem, em NYC. Ele conta que se sentia desajustado com o corpo desde os 5 anos de idade, mas que levou até os 17 para assumir suas diferenças. Mesmo assim, aos 17 disse para os pais que era lésbica e tinha uma namoradas. Mas, apesar de sentir atração por mulheres, não era como mulher que se sentia bem. Foi só em 2014, com 23 anos, depois de formado em Psicologia, que decidiu passar pela transição.
Ele conta que o apoio do pai foi fundamental. “Meu pai me aceitou. Eu disse pra ele que se ele estava orgulhoso de mim, isso tirava o poder das pessoas que me criticavam. Quem se importa com o que as outras pessoas falam quando ele me apoia?”, contou. Ele já conta com mais de 60 mil seguidores no Instagram e conta que seu maior sonho é modelar para as marcas Calvin Klein e Tom Ford. Atualmente trabalha como voluntário em um centro comunitário para jovens que não tem casa, principalmente LGBTQs.
Ele se orgulha do seu corpo, diz que se nunca se sentiu tão confortável quanto agora e que, apesar de amar modelar, ele é muito mais do que um modelo em uma fotografia. Defende, ainda, que o mundo precisa se abrir para novas formas de beleza. “Eu quero mostrar ao mundo que não há apenas uma maneira de ser trans, assim como não há uma maneira de ser qualquer coisa. Acho que a indústria da moda foca em indivíduos com aparência cis, e acho que nós precisamos incluir pessoas com outros tipos de corpos. Suas lutas e identidades ainda não estão sendo faladas”, finaliza.