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Formation: Família de ativista gay morto processa Beyoncé em US$ 20 milhões

Redação Lado A 09 de Fevereiro, 2017 22h59m

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Pela primeira vez na carreira musical de Beyoncé, ela larga o Pop e se lança com músicas afiadas, que expõe o racismo institucionalizado na sociedade americana. Em seu novo álbum Lemonade, Beyoncé fala sobre a opressão da polícia contra a população negra, o racismo e a inferiorização da cultura negra. A música e o clipe de Formation são uma aula sobre cultura black e, por isso, estão indicados ao Grammy. Entretanto, nem todos enxergam o sucesso da música dessa forma. No videoclipe, a cantora usar trechos de áudios do youtuber negro e gay Messy Mya, que foi assassinado em 2010 sob circunstâncias suspeitas. O youtuber lutava contra o racismo e falava abertamente contra a polícia e, por isso, Beyoncé incluiu a voz dele em três momentos do videoclipe. Para dar visibilidade a sua luta. Mas seus familiares entenderam que a atitude é um problema de direitos morais e, por isso, estão processando a cantora em US$20 milhões.
 
O clipe de Formation traz uma perspectiva histórica da cultura negra nos Estados Unidos por meio da reconstituição do penteado do cabelo. “What happened at New Orleans?” (“o que aconteceu em Nova Orleans?”, em tradução literal), “Bitch, I’m back by popular demand” (“Vadia, eu estou de volta pela demanda popular”, em português) e “Oh, yeah, I like that” (“Oh, yeah, eu gosto disso”) são as falas de Messy Mya incorporadas ao clipe. Beyoncé apresentou a música ao vivo no ano passado no SuperBowl, gerando grande polêmica e visibilidade a questão do racismo nos EUA. No clipe, a filha de Beyoncé aparece, e a diva, de cabelo afro, fala de sua família e orgulho de ser negra.
 
O canal de Messy Mya, cujo nome verdadeiro é Anthony Barré, ganhou repentina notoriedade depois do clipe. Mas a família de Mya quer o valor de 20 milhões de dólares em direitos autorais e outros danos morais pelo uso sem autorização do ativismo do jovem de Nova Orleans, segundo o site TMZ. 
 
Com o cabelo roxo e um vocabulário rico em nuances e gírias da cultura negra, Mya enfrentou policiais diversas vezes por conta da opressão da população pobre. Por conta disso, sofreu revides que podem ter acabado com a sua vida em 2010. 
 
Confira o clipe: 
 
 
 

 

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A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa

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