A atriz curitibana Maitê Schneider está confimada no elenco de “Nossa Senhora das Transexuais”, peça teatral com lançamento previsto em São Paulo, para o segundo semestre de 2017. Além de Maitê, que recentemente se mudou para a capital paulista, o espetáculo com direção de Fabricio Castro terá um grande elenco composto por Bruna de Moraes, Deborah Graça, Juan Manuel Tellategui, Luiz Luccas, Mariana França, Zenaide Denardi e Maura Ferreira.
A trama de Marcio Tito Pellegrini Trigo, fundador, diretor e dramaturgo do Coletivo Tragédia Pop de Teatro, será encenada pela Cia Teatro Sem Censura, que teve seu surgimento pela necessidade da liberdade de expressão artística da cena local e por acreditar em todas as manifestações criativas que direcionem para o aprofundamento da pesquisa cênica e para o diálogo com o público em geral.
O texto, que já ganhou em 2015 o segundo lugar no Concurso Nacional de Dramaturgia de Indaiatuba, em São Paulo, irá tratar da história de Olivia de Buñuel, uma transexual que descobre estar grávida, e no momento desta revelação, terá de lidar com a repercussão em sua família, círculo de amigos e ainda com a especulação da mídia e da sociedade científica. Olívia será vivida por Maitê que nos anos 2000 viveu a virgem maria em Jesus pra Cristo, peça encenada no Festival Fringe, do teatro de Curitiba.
Segundo a Cia Teatro Sem Censura, a peça busca destacar a importância da transformação no sentido geral, de identidade de gênero, comportamentais, formas de expressão, valores morais e éticos, culturais, sociais, entre outros; Transitando por diferentes estilos cênicos, sem compromisso com uma única linguagem teatral.
Para tornar realidade o projeto, os produtores abriram um espaço para colaboração (acesso) do público, para cobrir alguns gastos de produção como locação do teatro, cenário, figurino e divulgação, mas o prazo de arrecadação se encontra encerrado nomomento e arrecadou pouco mais de 5 mil reais dos 23 mil preteridos. Caso reabra para colaboração,
você poderá ajudar o espetáculo aqui.
Trata-se de uma peça que realmente vale a pena conferir, por mais que seja um “roteiro” é a vida que muitos trans acabam passando e sentem na própria pele, e pior ainda que algumas vezes com uma plateia que não está muito favorável, então o principal não e definir a pessoa, mas ter respeito e amor.
Como declarado no release do espetáculo, é impossível escolher uma vida segura, apartada de contradições e transformações, nada nesta vida é permanente. Bbasta estar aberto às transformações que a vida, às vezes, impõe. Tudo em algum momento se transforma e isto não precisa ser doloroso. Mudanças são positivas e necessárias. Diferenças existem e devem ser respeitadas.