Efeitos do amor

Amor em doses cavalares ou homeopáticas, real ou virtual, carnal ou espiritual, o amor é o melhor remédio. O amor cura dores de cabeça, dores musculares, cura até preguiça. O verdadeiro amor cura o ceticismo, o pessimismo, mas provoca dores de barriga. O amor não tem sexo, cor ou dinheiro no mundo que o compre. O amor não tem rosto, nem corpo. O amor não tem preconceitos.

Quem ama não mata, quem ama não julga, quem ama não joga a primeira pedra. Quem sabe que ama, não tem medo de nada; só de perder o seu amor. Quem ama também nunca está sozinho pois o amor, para existir, precisa ser correspondido. O amor cura qualquer desavença ou dúvida. O amor cura quase tudo, até outro amor.

Como efeito, temos o esquecimento (menos daquele a quem amamos), euforia e sentimos uma grande leveza. Amar faz esquecer as contas, os vícios, não se importar com a opinião alheia. Amar é bom para a pele, aos cabelos, aumenta o brilho dos olhos. Amar aumenta a pressão, rejuvenesce o coração, amolece a aspereza, amolece as pernas a cada reencontro.
 
Amar desestressa, deixa com cara de bobo. Amar deixa o sistema imunológico mais forte porém deixa a razão vulnerável. Quem ama prefere o vermelho em detrimento ao azul, quem ama pode falar palavras desconexas, acredita em duendes. Quem ama só pensa em uma pessoa, quem ama não quer mais sair de casa. Quem ama planeja o futuro e dá nome aos filhos. Quem ama diz que é para sempre.
       
O amor é a cura para os males do mundo. O amor desperta a solidariedade e você quer que todos também sintam o mesmo. Dá vontade de gritar o que está sentindo, mesmo que seja impossível resumir. Quem ama protege, perdoa, educa, releva os pequenos detalhes. Quem ama não sabe mentir, quem ama não pára de sorrir.

Se você tem algum problema, o amor é a solução. Mas, infelizmente, ele não é vendido em mercado, não tem receita, não dá pra fazer em casa. Ele também vicia, mas resolve. Não há vacina, pois não é doença, está mais para um remédio. O amor cura tudo, mas há uma exceção: Ele só não cura a saudade.