Tsunamis, terremotos, erupções vulcânicas e outros eventos catastróficos fazem parte do novo filme do diretor alemão Roland Emmerich, “2012”, que estréia esta semana em todo mundo. A indústria do cinema hollywoodiana sabe que o chamado ‘cinema catástrofe’ é um tiro certo que encontra um público que parece se deslumbrar com o tema apocalíptico e mórbido do fim da humanidade. Vide “Indepedence Day (1996)”, “O Dia Depois de Amanhã (2004)” (do qual Emmerich foi diretor e roteirista) e “Fim Dos Tempos (2008) – todos com ótimas bilheterias no Brasil e no resto do mundo.
Roland soube em “2012” balancear as emoções familiares, efeitos especiais, teorias científicas e muita ação; sempre com maestria hipnotizante de um filme deste porte, como em “O Dia Depois de Amanhã”, levando os telespectadores a se sentirem até mesmo culpados – mesmo eles não sabendo bem o porquê.
O filme mostra como a Terra será devastada por um alinhamento previsto no calendário Maia para dezembro de 2012, onde a instabilidade da crosta terrestre começa a perturbar todo o planeta levando os líderes mundiais a lutarem pela “sobrevivência” da espécie humana, privilegiando os que pagaram por isso previamente.
Para isso, o governo americano, que tem à frente no papel de presidente o ator Danny Glover, orquestra a construção de “super-arcas” (Sim! como Noé) para tentarem sobreviver aos tsunamis com ondas de 1,5 km de altura que atingem todos os continentes (Sim, como no dilúvio bíblico).
Tirando o argumento maia, efeitos especiais e melodramas, o filme decorre sem grandes surpresas para quem assiste. O ponto positivo são as histórias que permeiam toda a “espetacularização” do apocalipse global, como a do escritor fracassado Jackson Curtis (John Cusack), que avisado com antecedência pelo hilário radialista-blogueiro-maluco Charlie Frost (Woody Harrelson), luta de maneira desesperada para salvar seu casal de filhos e sua ex-mulher, Kate (Amanda Peet) do cataclisma planetário.
Outro destaque vai para o carisma do geólogo Adrian Helmsley (Chiwetel Ejiofor) em aventurar-se com um bom mocismo exagerado a convencer as pessoas que existem cientistas como ele. É um filme bem executado para seu orçamento de U$ 200 milhões. Mas é recomendável assistir até dezembro de 2011, pode não dar mais tempo ou perder seu impacto em 2013.