Redação Lado A | 22 de Abril, 2010 | 19h23m |
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Marcelo Dourado, 38, vencedor da décima edição do BBB, encerrado há pouco mais de 20 dias, falou para o site EGO esta semana, para quem também tirou fotos. O gaúcho pretende deixar seu 1 milhão e meio de reais guardado e trabalhar muito, ele pensa em participar de um filme, desenhar histórias em quadrinhos, abrir uma academia, e aproveitar as oportunidades que vão surgir.
Ele conta na entrevista que tem saído pouco de casa por causa da fama e que uma simples ida ao supermercado pode demorar mais do que o planejado. Ele se mudou para um condomínio fechado após sua vitória. Ele comentou da sua infância e nascimento no Chile, onde seus pais estavam exilados. Ele comentou porque negou um convite do grupo Arco-íris, de homossexuais, para uma campanha contra o preconceito: “Sob pressão, não. Um dirigente do grupo falou que seria bom para eu limpar a minha barra. Não estou com a consciência pesada e nem houve qualquer citação judicial contra mim. Minha família, assim como Pedro Bial e outras pessoas, não concordam que seja homofóbico. Minha vitória também reflete isso. Não me vejo devendo nada. Cada um deve seguir na sua luta. No momento, estou me dedicando a outras causas. Me preocupo muito com educação”, respondeu Dourado.
Ele diz que amadureceu muito entre o BB4B e o BBB10 e que parece que foram 20 anos entre os dois programas.
Sobre a história divulgada por sua tia em seu blog, que teria traumatizado Dourado, em que ele teria apanhado de travestis, ele falou: “Foi viagem dela. Nunca apanhei na rua. Já briguei várias vezes, mas nunca apanhei. Me orgulho de que briga de rua nunca perdi nenhuma. Em vale-tudo, tenho algumas derrotas, em judô tenho muitas, mas em briga de rua, em auto-defesa, nunca perdi”, desconversou.
Já por ter chamado Dicesar de veado, o vencedor do BBB100 afirmou: “É incrível que as pessoas falam o que querem. Têm boca grande para caramba. Campeões do BBB se acharam no direito de falar o que quisessem. Se eu chamar alguém de veado, sou acusado de homofóbico. Agora, podem me chamar de líder fascista. Qual a diferença? Eu ser chamado de fascista passa batido. Ninguém, nem o Ministério Público veio me defender. Isso é um preconceito danado. Para mim, isso é heterofobia”, afirmou o lutador.
O repórter então pergunta a dourado: “Você acha que sofreu heterofobia no BBB10?”, e o lutador responde: “Houve heterofobia. Fui acusado sem direito de resposta. Durante todo o tempo do BBB, não sabia que Dicesar olhava para as câmaras e dizia que eu era homofóbico. Ele gerou uma violência danada e desnecessária. Ele merecia muito mais críticas, não por ser gay, mas por ser tão fraco de caráter. Por ser fofoqueiro, sem personalidade”. Ele diz ainda que Dicesar é o responsável por sua fama de homofóbico. “Com certeza ele plantou isso durante o programa. Estava simplesmente no meu direito de não ficar imitando gay, de não dizer que tenho uma diva dentro de mim. Tinha o direito de dizer não. Por isso, as pessoas se identificaram comigo” e afirmou que não faz questão de falar com o maquiador, mais conhecido como Kimmy Kieer.
Dourado ainda não comentou sobre a sua prisão por drogas, e disse que é contra a política atual contra as drogas e que ela merecia ser revista.
Leia a entrevista completa aqui: http://ego.globo.com/Gente/Noticias/0,,MUL1569111-9798,00-MARCELO+DOURADO+EU+SOFRI+HETEROFOBIA+E+NINGUEM+VEIO+ME+DEFENDER.html
Foto: Ego
SOBRE O AUTORRedação Lado AA Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa |
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