Redação Lado A | 03 de Maio, 2011 | 18h29m |
O apresentador Marcelo Tas, do CQC, da Band, participou de entrevista no caderno Ilustrada da Folha de São Paulo deste domingo. Ele manifestou sua opinião sobre o trabalho do humorista e comentou ainda o momento em que falou de sua filha lésbica, de quem tem muito orgulho, para desmentir o deputado Jair Bolsonaro no mês passado, que afirmou não conhecer um pai que tenha orgulho de ter um filho homossexual.
Ele defendeu que o humor tem licença para falar de tudo, e que “O humorista é um agente de saúde, no sentido de nos lembrar que somos precários, imperfeitos. Mas as pessoas querem viver em um mundo sem imperfeição”. Ele criticou a patrulha do politicamente incorreto na TV brasileira e falou ainda do caso polêmico envolvendo humoristas da MTV que fizeram piadas sobre autistas em um quadro do canal. “Às pessoas que querem se blindar da imperfeição, como quem lida com a injustiça social blindando o próprio carro. Isso é viver dentro de uma camisinha que te protege da realidade. E o problema é que, quando a realidade se impõe, as pessoas não sabem lidar com ela”, argumentou o apresentador.
O jornalista perguntou: “Homossexualidade também pode render piadas?”, Tas respondeu que sim. “Pode. O Rafael Cortez sempre brinca com isso. E semanas atrás, dei um depoimento sobre o orgulho que tenho da minha filha homossexual. Sabe o que aconteceu? Recebi e-mails de movimentos gays me acusando de promoção às custas dela. Para mim, não há diferença entre um nazista e um homossexual que me ataca dessa forma. Ambos acham que a verdade sobre o assunto pertence apenas a eles”, disse o apresentador.
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