A Universidade Federal de Goiás (UFG) se manifestou recentemente sobre a acusação de que alunos do curso de Agronomia praticaram homofobia e assédio contra os colegas gays e mulheres do curso. O caso aconteceu em Goiânia, onde residem os alunos que postaram ofensas em grupos de WhatsApp.
As diversas mensagens ofendiam diretamente os LGBT. Uma das mensagens menciona que o vírus do HIV é exclusividade gay e que isso seria uma forma de a natureza se livrar desses “membros defeituosos da sociedade”, como diz a mensagem de Aurélio Pereira, se referindo aos novos alunos homossexuais do curso de Agronomia.
Fora do WhatsApp, uma outra imagem comprova uma lista elaborada pelo aluno Erick, no qual aparecem atividades como “quebrar lâmpada na cara de viado”, “tapa na cara da caloura vagabunda” e “dormir de conchinha com um traveco”. Essas foram apenas algumas das incitações de violência contra LGBT e mulheres, uma vez que foram constatados nos celulares dos acusados diversos conteúdos desse tipo.
O ocorrido gerou protestos realizados na quarta-feira, dia 29 de novembro, em frente à direção da Escola de Agronomia da UFG. Algumas denúncias alegam que alunas chegaram a deixar o curso, mas a universidade não confirmou essa informação. A instituição emitiu uma nota repudiando os atos machistas e LGBTfóbicos e afirmou que “será encaminhada para a reitoria da UFG o pedido de abertura de Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para que seja efetuada dentro da universidade a averiguação dos fatos. O denunciante também foi orientado a prestar queixa do ocorrido junto a Polícia Civil do Estado de Goiás”. A ouvidoria da universidade teria recebido pelo menos 12 denúncias sobre o caso.
Veja a íntegra na nota da UFG:
“A Universidade Federal de Goiás informa que a direção da Escola de Agronomia tomou conhecimento na noite de ontem, 28/11, da denúncia de homofobia envolvendo membros da comunidade acadêmica. Já a Ouvidoria da UFG recebeu ao todo 11 denúncias sobre a questão hoje pela manhã.
Ainda hoje será encaminhado para a Reitoria da UFG o pedido de abertura de Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para que seja efetuada dentro da universidade a averiguação dos fatos. O denunciante também foi orientado a prestar queixa do ocorrido junto a Polícia Civil do Estado de Goiás.
A UFG reforça que repudia ações de assédio, homofobia e discriminação de qualquer tipo. Rotineiramente são realizadas ações de combate a estas práticas. Inclusive, em novembro deste ano foi realizada a primeira reunião da Comissão permanente para acompanhamento de denúncias e processos administrativos relacionados a questões de assédio moral, sexual e preconceitos.”
Ascom UFG