“Tem que discriminar, sim!”, diz pastor de Igreja Pentecostal sobre LGBTI+

O pastor Tupirani da Hora Lores, da Igreja Pentecostal Geração Jesus Cristo, fez um discurso altamente homofóbico durante uma pregação. As declarações constam em um vídeo que circula nas redes sociais com data de 2017. O pastor já foi condenado pela Justiça por intolerância religiosa.

No vídeo, o pastor chama a condição de gay de “homossexualismo”. Além disso, ele diz que os gays e lésbicas possuem alguma “possessão demoníaca”. De acordo com as palavras do pastor, ser LGBTI+ não é normal, embora exista uma “mentalidade de que é normal”. Em seguida, Tupirani diz que “pode e deve discriminar” e que se ele tivesse uma empresa, jamais contrataria um funcionário gay ou uma lésbica.

Tupirani embasa as suas afirmações citando a Bíblia. Segundo o pastor, é dever dos fiéis discriminarem a comunidade LGBTI+ porque a Bíblia condena. Além de incentivar a LGBTIfobia na vida dos fiéis, o pastor criticou as escolas. Segundo o pastor, as escolas do Brasil aceitam os LGBTs e consideram como normal. Por fim, ele chama os gays e lésbicas de aberração e diz que são “pior do que aborto”.

No Youtube o vídeo foi postado em março de 2017 e possui apenas 1633 visualizações. Por outro lado, o vídeo circula no Facebook com inúmeros comentários contrários ao pastor. Infelizmente, alguns internautas ainda apoiaram o posicionamento homofóbico. Apesar de pouco comentado, o pastor já é conhecido pela Justiça devido ao seus posicionamentos preconceituosos.

Intolerância Religiosa

Em 2009 o pastor Tupirani, junto com seu seguidor Afonso Henrique Alves Lobato, foi preso por intolerância religiosa e incitação ao crime. No ano anterior, ele foi flagrado junto com mais três comparsas destruindo um Centro Espírita

Em 2012, o pastor também enfrentou a Justiça por suas pregações contra outras religiões, inclusive outras igrejas pentecostais. De acordo com Tupirani, pais de santo são homossexuais. Desde suas prisões e condenações, Tupirani ficou ainda mais admirado por seus fiéis. Seus seguidores compartilham de suas ideias e o consideram como “o primeiro pastor preso pela ditadura democrática no Brasil”.

Veja o vídeo