Redação Lado A | 15 de Maio, 2020 | 13h17m |
Não foi só em Teresina que os gays enfrentaram a exposição em massa de fotos de apps de pegação. Se em 2018, milhares de pessoas tiveram os Grindr hackeados e expostos, durante a quarentena muitos têm sido expostos por outros usuários. Mas, agora, imagine isso em um país onde a homossexualidade é crime, é o caso do Marrocos.
Uma modelo marroquina, Sofia Taloni, instigou seus seguidores a baixarem os apps e expor os homens gays. “Esses aplicativos vão mostrar as pessoas próximas a você. Ele pode te mostrar seu marido no seu quarto, pode te mostrar seu filho no banheiro”, disse Taloni, que teve a sua conta de Instagram e do Facebook suspensas.
Segundo o grupo ativista Nassawiyat, homens árabes estão sendo vítimas de perseguição. Com a pandemia, muitos estabelecimentos gays permaneceram fechados, aumentando o uso dos apps por pessoas que não consideravam essa exposição. “Esses homens estão sendo chantageados. Com o confinamento do coronavírus, muitos deles não têm para onde ir”, disse um porta-voz da organização.
Apesar de medidas de segurança dos apps nestes países, a identidade e caráter de quem está do outro lado sempre será uma incógnita.
SOBRE O AUTORRedação Lado AA Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa |