Abuso de álcool e falta de policiamento durante e após a XV Parada da Diversidade de Curitiba foram a receita trágica para duas ocorrências no Centro Cívico neste domingo. Por volta das 20h30, dois jovens de 16 anos foram atacados próximo ao Shopping Mueller e atendidos pelo SAMU no local. Em outro incidente, um rapaz de 17 anos foi esfaqueado por pessoas não identificadas.
A região é conhecida como zona de confronto entre skinheads e outras minorias. Em 2010, um rapaz confundido com um punk chegou a ser morto próximo ao Cemitério Municipal, ele teria sido perseguido desde a Av. Cândido de Abreu. Mesmo assim, o policiamento da Parada da Diversidade foi mais uma vez tímido. Um carro da guarda municipal acompanhou o evento e outro do batalhão especial da Polícia Militar circulava a região durante a Parada que reuniu mais de 150 mil pessoas. O efetivo não estava disposto pelo trajeto do evento, como acontece em eventos desse tipo e era claramente insuficiente para o tamanho da aglomeração.
Os dois menores atacados receberam facadas na cabeça e na barriga. Eles estão internados em estado grave e correm risco de morte. Apesar da realização da Parada da Diversidade, testemunhas consultadas pela Lado A afirmaram que os rapazes não eram homossexuais e que os incidentes não apresentam relação direta como evento. Porém, todos os anos, após a Parada, são registradas ocorrências como estas que marginalizam o evento. Claramente, a ineficácia da segurança pública – proposital ou não – colabora para que incidentes como esses se repitam anualmente.
Ainda neste domingo, um homem teria sido baleado na Região do Centro Cívico. A Lado A está buscando maiores informações sobre todos os incidentes. Aparentemente, nenhuma das vítimas era da comunidade LGBT – conforme relato de jornalistas amigos que atenderam as ocorrências.